quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Uma nova história.


Eu vejo a chuva molhar, e nos meus olhos... Imagino teu olhar. São como as danças das ondas do mar, que tornam-se frias com a luz do luar. E então, vêm minhas lágrimas. Lamentando suas lástimas, do rio que transborda em meus olhos, nada escasso. Que fora sempre um fracasso tentar desistir. Eu irei sempre cair! Pois nada pode tirar-te do meu coração. Nem a dor, nem a solidão. Desculpe por pensar assim, porém eu queria-te tão, tão perto de mim! Para tu abraçar-me com teus braços angelicais. Mas essas estruturas abissais, sempre impedindo minha caminhada. E eu? Não posso ser confortada. Amanhã começa um novo dia – uma nova história. E serão sempre essas mesmas memórias. Tão repetitivas, sempre da mesma maneira. Insignificativa ilusão, talvez agora, já ninguém mais se importa com minha dor. Amor é uma palavra complicada, até eu mesmo nunca sei o que realmente sentir. Mas por isso tu me deixarás cair? Pode vir aqui, eu lhe abraçarei! E jamais, jamais, por toda eternidade... Jamais lhe deixarei.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O nome disso?


A chuva caia constantemente. Era forte, gélida, e assustavam as folhagens das árvores, fazendo-as se balançarem. Era imparável. Como se cada gota que derrubara no chão, a próxima com certeza tornaria-se mais forte. Um temporal inacabável, que provavelmente duraria a tarde toda, e a noite também. 
Na madrugada, ainda chovia. O barulho impedia a garota de adormecer. Ela então, como de costume, pegara seu caderno e escrevia tudo que sentia. Mas o que derramava nas folhas não era a água da chuva; e sim suas lágrimas. Doía, e eram pior que os estrondos dos trovões.
"Impetuosas lágrimas, não machuquem-me! Eu quero ser purificada nesse inocente coração. Eu só quero que ele tenha felicidade... Somente." - Mas infelizmente, o coração indeciso novamente não entendera. Ele tornara-se surdo, mais uma vez. E as lágrimas no rosto da menina vinham com abundância. "Maldita paixão!"
O motivo? O amor. Sempre deixando-a triste e insatisfeita. Sempre fazendo a garota gastar milhares e milhares de páginas. Ela só escrevia sem esperanças de sua paixão ler. Ela só escrevia. Sem intenção de machucar-se. Mas machucava-a. Mais do que ela mesma esperava.
O nome disso? Ilusão. Ilusão de um amor correspondido. Ou até mesmo esperanças de um sonho tornar-se realidade. Ela sentia isso. Ela sempre sentiu. Mesmo tantas lágrimas que derramavam no rosto da menina, ainda havia esperanças. Sempre houve, e sempre haverá. Ela não desistiu ainda. 
E a chuva derramava. A menina não adormeceu ainda. E quando isso ocorreu, ela ainda derramou. Mas após isso, ela acordou e viu o Sol em sua janela. Ele sempre aparecerá depois de todo o frio e escuridão.